terça-feira, 26 de maio de 2020

HISTÓRIA DA FORMAÇÃO POLÍTICA DO BREJO.

    
Na comemoração dos seus 269 anos de fundação é necessário que a gente tenha conhecimento de como se deu a história política do Brejo da Madre de Deus - PE.

     O território pertencia à sesmaria de 21 léguas, concedida a Manoel da Fonseca Rego pelo governador da capitania de Pernambuco, Marquês de Montebelo.O nome Brejo provém de sua situação em um vale formado pelas serras da Prata, do Estrago e do Amaro; e Madre de Deus foi a invocação sob a qual os padres da Congregação de São Felipe Neri fundaram um hospital em 1751, à margem do riacho que tomou o mesmo nome. Nesse local os padres estabeleceram atividades religiosas e daí começou o desenvolvimento da atual cidade. Alguns anos depois, (1759/1760) os oratorianos doaram meia légua de terra para o patrimônio da diocese e, logo em seguida, construiram uma capela sob a invocação de São José, constituida em freguesia pela provisão de 3 de agosto de 1799, desmenbrada da freguesia da LUZ.A povoação do Brejo da Madre de Deus, foi elevada à categoria de vila em 20 de maio de 1833, constiuíndo-se em sede do município de igual nome, desmenbrado do município de Flores. Teve o predicamento de cidade - cronologicamente a 11ª em Pernambuco - em virtude da Lei Provincial nº 1.327, de 4 de fevereiro de 1879.
     Pela lei Estadual nº 52, de 20 de junho de 1928, Brejo da Madre de Deus foi constituído em município autônomo, sendo seu primeiro prefeito o Barão de Buíque, Francisco Alves Cavalcanti Camboim. Com a criação de novos municípios pela Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, o município de Brejo da Madre de Deus perdeu os distritos de Belo Jardim, Serra dos Ventos e Aldeia Velha (atual Xucuru), que passaram a construir um novo município Belo Jardim, voltando a cidade do Brejo da Madre de Deus ser sede municipal, condição que havia perdido para Belo Jardim desde 1924.Recentemente, tem se descoberto no município, um grande sítio arqueológico, com pinturas rupestres e fósseis do homem pré-histórico exibidos no museu da cidade.Próximo à Igreja de São José (o padroeiro da cidade), havia, segundo as estórias contadas pelos nativos, um poço que era possível ouvir cantos de uma sereia.
     O Brejo da Madre de Deus é como os demais municípios do agreste pernambucano, nascido de raízes culturais oriundas de sua formação rural/religiosa, mas com particularidades especiais por ser uma cidade que produziu muitas personalidades importantes, especialmente políticos e gente do teatro da maior relevância para Pernambuco e para o Brasil. Terra da cidade – teatro de Nova Jerusalém que de mendonça a Pacheco fez nascer um novo estilo de se fazer espetáculos teatrais. Cidade de casario secular desmembrada de Flores, antiga Comarca do Sertão que nas entranhas de suas serras cresceu com uma peculiar arquitetura hoje conservada a sua história no Museu Histórico de Dona Dulce Pinto na Rua São José. O artesanato é diversificado com destaque para a escultura em pedra, cestaria e renascença. É também uma região que cultiva e tem potencial para o ecoturismo e turismo de aventuras.

SOBRE PLÍNIO PACHECO
Plínio Pacheco (Santa Maria (RS) em 30.10. 1926 — 22.08.2002) foi oficial da FAB, jornalista que ao chegar no agreste pernambucano conheceu Diva Pacheco (nascida em Panelas) filha de Epaminondas Mendonça (pioneiro do Drama da Paixão, antes era encenado nas ruas). Daí Plínio teve um sonho de pedras e espetáculos grandiosos e fez, juntamente com Diva, nascer a cidade teatro de Nova Jerusalém
no distrito de Fazenda Nova. Réplica de um terço da Jerusalém dos tempos de Jesus Cristo.

fonte: Anuário dos municípios pernambucanos 2018. (AMUPE)

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